O 1º Simpósio Multidisciplinar em HIV – o que um profissional de saúde do século XXI precisar saber? – atingiu o objetivo dos organizadores: esclarecer e desmitificar a infecção pelo vírus para que o tratamento surta efeito positivo.

O evento, promovido nos dias 16 e 17 de novembro pelos acadêmicos do Curso de Medicina do UniSALESIANO, com apoio da Ligas Acadêmicas de Prevenção e Promoção da Saúde (LAPPS), de Medicina de Família (LAMF) e de Clínica Médica São Lucas (LACMSL), teve a participação de aproximadamente 200 pessoas, tanto da Instituição quanto de faculdades de fora.

“O tema HIV foi escolhido porque é uma infecção muito comentada, mas com pouco conhecimento sobre ela. Existe ainda um preconceito com os portadores de HIV. Além disso, nos estágios, percebemos muitos pacientes que recebem o diagnóstico ficam perdidos sobre os próximos passos. Então, quisemos mostrar, de forma esclarecedora, através das palestras, as principais questões que envolvem o HIV”, explicou o acadêmico Raphael Luis Medeiro Moreira, um dos organizadores do Simpósio.

Além das palestras, com temas atualizados, os participantes do evento receberam testes rápidos de saliva e também preservativos externos e internos, para terem acesso e conhecimento sobre os meios que são utilizados para prevenção, diagnóstico e tratamento do vírus.

A Coordenadora do Simpósio e docente do Curso de Medicina do UniSALESIANO, Profª. Luciana Coimbra de Mello, ressaltou que o conteúdo apresentado foi uma forma de contribuir com a redução do estigma e discriminação, principalmente, tendo o envolvimento maciço dos acadêmicos, que buscaram elucidar dúvidas sobre diagnósticos e tratamentos.

Para o Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação, Prof. André Ornellas, esse tipo de atividade promovida pelas Ligas Acadêmicas colabora com o acesso universal de informações cabíveis à sociedade, ao mesmo tempo que fomenta a comunidade acadêmica a realizar outros tipos de ações importantes.

AIDS

Conforme o Ministério da Saúde, a Aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, pessoas vivendo com HIV e/ou Aids que não estão em tratamento ou mantém a carga viral detectável podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

Indetectável = Intransmissível (I = I): pessoas vivendo com HIV / Aids em tratamento antirretroviral e carga viral indetectável há pelo menos seis meses não transmitem o vírus por via sexual, ou em uma percentagem extremamente pequena, de vírus mutáveis.