Membros do Curso de Medicina do UniSALESIANO participaram do Brain Congress – Congresso de Cérebro, Comportamento & Emoções, realizado entre os dias 18 e 21 de junho, em Fortaleza (CE). Considerado o maior evento brasileiro na área de neurociências, o congresso reuniu milhares de profissionais e acadêmicos para debater temas atuais, como: inteligência artificial, saúde mental, inovação em neurociência clínica e abordagens terapêuticas modernas.

Entre os participantes estava a Dra. Carolina De Nardi Marçal, médica psiquiatra especialista em infância e adolescência, mestre na área e docente do UniSALESIANO Araçatuba. Ela destacou que o evento trouxe reflexões valiosas sobre o cuidado em saúde mental, com ênfase no desenvolvimento emocional e neurológico de crianças e adolescentes.

“As palestras integraram ciência de ponta com a prática clínica, reforçando a importância da escuta qualificada, do diagnóstico precoce e de intervenções baseadas em evidência. Também chamou atenção o avanço das tecnologias digitais aplicadas à saúde mental e a valorização do trabalho interdisciplinar”, afirmou a docente.

Para a psiquiatra, a participação no congresso foi inspiradora e reafirmou o propósito de sua atuação como médica e educadora. “Volto com novos conhecimentos, mas principalmente com a motivação renovada para ensinar, acolher e contribuir com o desenvolvimento de quem cuida — sejam alunos, colegas ou pacientes”, completou.

O docente Dr. Hugo Yamanoi, professor da disciplina de Habilidades Médicas, também esteve presente no congresso e ressaltou a riqueza dos debates em diversas áreas do conhecimento. “O BRAIN propicia atualização além do livro-texto da graduação, com interação entre neurologia, psicologia, neurociências, pedagogia, espiritualidade e artes. Fazer a associação da teoria clássica com esses outros temas pode tornar o ensino da psiquiatria na graduação mais interessante e integral”, afirmou.

Sobre os temas que mais dialogaram com sua atuação, o psiquiatra destacou os avanços no tratamento da depressão resistente. “Estamos vivendo uma transição de novas intervenções que podem impactar significativamente o manejo da depressão grave e da intenção suicida. Isso se aproxima cada vez mais da clínica cotidiana”, explicou. Ele também considerou bastante proveitosas as discussões sobre o Transtorno do Espectro Autista e o TDAH.

VÍCIO

Para Dr. Hugo, é possível perceber uma mudança clara na abordagem da saúde mental em congressos de neurociência nos últimos anos. “Temas antigos voltam com uma roupagem diferente, como é o caso do vício em jogos digitais, que recebeu grande destaque no evento. O transtorno do jogo é hoje uma preocupação séria para a saúde mental do brasileiro”, analisou.

Já para Fernanda Ambrósio da Silva, aluna do 8º termo de Medicina, a experiência no Brain Congress representou uma verdadeira extensão prática da sala de aula. Interessada na área da psiquiatria, ela ficou especialmente envolvida com os temas ligados à inteligência artificial e neurociência, considerados centrais no evento.

“O conhecimento que obtive complementa de várias formas o conteúdo da disciplina de Habilidades Médicas, com o Dr. Hugo. Trouxe luz sobre novas abordagens terapêuticas e diagnósticas, e sobre como a tecnologia pode otimizar fluxos dentro da saúde. Além disso, ajudou a desenvolver meu senso crítico e ético em relação ao uso da tecnologia na medicina”, concluiu.