Material proporcionará excelente aprendizado e o desenvolvimento de importantes pesquisas

Os cursos de Engenharia de Bioprocessos e de Ciências Biológicas do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO de Araçatuba contam, a partir deste semestre letivo, com novidades. A Instituição adquiriu equipamentos novos que possibilitam a produção de etanol e também de aguardente, a tradicional cachaça brasileira, ambos obtidos a partir da biomassa da cana-de-açúcar.

A professora Rosemeire Parra, responsável pelas disciplinas de Química e de Tecnologia de Fermentação, realizou curso de Capacitação para iniciar o desenvolvimento dos produtos juntamente com os futuros engenheiros de bioprocessos e biólogos do UniSALESIANO. O curso de Mestre Alambiqueiro foi realizado na Fazenda Escola Taverna Real, em Itaverava, no Estado de Minas Gerais, no mês de julho, e patrocinado pelo Centro de Tecnologia em Cachaça – CTC.

“A partir de agora os acadêmicos terão a oportunidade de praticar e aprender a desenvolver procedimentos de produção em uma das grandes áreas de atuação profissional relacionada a biocombustíveis e fabricação de aguardente (veja texto a seguir)”, comentou a professora Dra. Rossana Abud Cabrera Rosa, coordenadora da área. Para ela, esta possibilidade representa mais um grande diferencial de ensino, do qual os alunos do UniSALESIANO podem desfrutar em sua formação.

SOBRE ETANOL E CACHAÇA – O Brasil é um país privilegiado no quesito cana-de-açúcar. Quanto ao etanol, é um dos maiores produtores do mundo, sendo que desde 1975, quando começou a comercialização na sua forma de combustível, economizou 266 bilhões de dólares, evitando assim a importação de gasolina e diesel principalmente. Até 2020 o país deverá investir mais 130 bilhões de reais no setor, para torná-lo ainda mais competitivo, pois os benefícios econômicos, sociais e ambientais do etanol derivado da cana-de-açúcar são conhecidos e muito destacados.

A cachaça é outro fator de destaque para o Brasil, que é também um dos maiores produtores deste aguardente. Por se transformar em um produto que cada vez mais ganha espaço e reconhecimento nas mídias digitais foi criado na internet o Mapa da Cachaça. Visando ao reconhecimento e valorização da bebida como patrimônio nacional, o site retrata a história do destilado, sua importância cultural e seus usos na gastronomia contemporânea. . A tradição da bebida, aliás, vem desde 1532 e, por isso, os apreciadores consideram natural que a cachaça comece a ocupar lugar de destaque nas prateleiras nacionais e internacionais.

Igualmente, pela sua crescente popularização, encontram-se disponíveis inúmeros livros destacando o produto, como é o caso da obra Cachaça Artesanal: do Alambique à Mesa, dos autores Atenéia Feijó e Engels Maciel. A obra apresenta a história, informações técnicas, curiosidades e casos preciosos que giram em torno da caninha. Os autores associam conhecimento técnico à paixão, pesquisa ao humor e experimentação culinária à tradição para montar este relato atual sobre a bebida.

Para avaliar ainda mais a importância da cachaça brasileira, é oportuno destacar que em junho passado a grande imprensa noticiou que o grupo britânico de bebidas Diageo, proprietário de marcas famosas como a Smirnoff e Johnnie Walker, anunciou a compra da empresa nacional Ypióca, por 900 milhões de reais. A aquisição fez parte da estratégia da corporação inglesa de atuar em mercados emergentes e alcançar metade de sua receita até o ano de 2015. Na avaliação da compra, a companhia estrangeira considerou a força da cachaça no país e a posição da Ypióca – a terceira no geral da categoria – entre as suas concorrentes, em que a empresa nacional, somente em 2011, faturou 177 milhões de reais com o produto.