O trabalho desenvolvido no Curso de Medicina do UniSALESIANO e apresentado pelo Prof. Dr. Orlando Adas Saliba Junior conquistou destaque nacional e internacional ao ser classificado entre os sete melhores do Congresso Internacional de Cirurgia Vascular e Endovascular (CICE 2025), um dos mais importantes eventos da área.

De acordo com o professor, a edição deste ano recebeu 356 trabalhos inscritos, dos quais 250 foram selecionados para apresentação após criteriosa análise da comissão científica. Entre esses, apenas sete foram considerados os melhores pela banca avaliadora e encaminhados para apresentação oral no grande auditório, em sessão plenária — reconhecimento que evidencia o mérito, a relevância e a qualidade da pesquisa.

O estudo, intitulado “Fluxograma e Manejo do Pé Diabético”, alcançou essa conquista graças à sua importância clínica e ao empenho dos envolvidos. “Esse resultado é fruto da dedicação, esforço e comprometimento de toda a equipe sob minha orientação, em especial dos alunos Cayhe Ryu Kubo Suguimoto, Gabriel Baggio Sposito, Giovana Franciely dos Santos Pereira, Giovana Marini Jordão e José Guilherme Batista Pinto, todos da Turma 4 do Curso de Medicina”, destacou.

O docente ressaltou a aplicabilidade direta do trabalho, que pode beneficiar milhares de pacientes diabéticos com lesões nos pés — uma condição que frequentemente leva à incapacidade, afastamento das atividades diárias e, em casos graves, à amputação. Ele lembra que os altos custos associados ao tratamento dessa patologia chegam a R$ 586,1 milhões por ano, segundo estimativas do Ministério da Saúde.

PROTOCOLO

O projeto teve como principal objetivo criar um protocolo prático para auxiliar médicos generalistas da Atenção Primária do SUS, fornecendo informações essenciais para um atendimento mais qualificado e resolutivo. Segundo Saliba, esse suporte é decisivo para evitar a progressão da doença e reduzir a necessidade de encaminhamento para especialistas, contribuindo também para a diminuição das filas nos Centros de Especialidades.
O professor destaca ainda que o estudo foi desenvolvido na unidade curricular do IESC e faz questão de agradecer à equipe envolvida.

“Acontecimentos como esse elevam o nome do UniSALESIANO, demonstrando à comunidade científica o excelente nível do ensino praticado em nossa instituição”, concluiu.

Depoimentos dos acadêmicos premiados:

Cayhe Ryu Kubo Suguimoto
Participar do projeto de desenvolvimento do Fluxograma e Manejo do Pé Diabético, pelo IESC, sob orientação do Dr. Orlando, foi um marco na minha formação. Vivenciamos diversas reuniões na Unidade Básica de Saúde, nas quais trabalhamos tanto na concepção do projeto quanto na avaliação prática de pacientes com pé diabético.
Foi um período de intenso aprendizado, troca de conhecimentos e trabalho em equipe. Todo esse esforço resultou em um reconhecimento muito especial: o projeto foi selecionado entre os sete melhores trabalhos apresentados no CICE 2025.
Sinto profunda gratidão ao Dr. Orlando, cuja liderança e expertise foram fundamentais, e a todo o grupo pela dedicação que tornou possível essa conquista e reforçou a relevância do nosso trabalho.

Giovana Franciely dos Santos Pereira
Quando decidimos desenvolver o Fluxograma do Pé Diabético, nosso principal objetivo era auxiliar o médico no diagnóstico precoce das lesões e orientar os cuidados necessários. Hoje, ver até onde o projeto chegou me enche de alegria e orgulho por ter contribuído para sua realização — especialmente ao lado de pessoas que, além de colegas, se tornaram amigos.
Estar entre os sete melhores trabalhos em um congresso internacional é extremamente gratificante. Nada disso seria possível sem o apoio do Dr. Orlando, que desde o início nos mostrou que a medicina vai muito além das telas dos computadores: ela está no acolhimento, no exame físico cuidadoso, no diálogo e, principalmente, na atenção aos pacientes que muitas vezes passam anos lutando contra feridas difíceis de cicatrizar ou enfrentando negligência.
Espero que nosso projeto alcance ainda mais profissionais e, com isso, beneficie inúmeros pacientes.

José Guilherme Batista Pinto
Foi uma experiência extremamente gratificante receber esse reconhecimento por um projeto que nasceu após um contato mais próximo com pacientes portadores de pé diabético. Ao vivenciar essa realidade, pude perceber o impacto sofrido por aqueles que não recebem tratamento adequado a tempo e o quanto intervenções preventivas são fundamentais para evitar desfechos graves em pacientes diabéticos.
O Dr. Orlando abraçou o projeto de forma completa e não mediu esforços para que nosso trabalho alcançasse grandes nomes da Cirurgia Vascular e se destacasse em um congresso internacional, repleto de profissionais que são referência na área. Além disso, contribuiu para colocar o nome da nossa instituição em evidência.
Também é importante agradecer ao corpo docente do IESC, liderado pelo Dr. Ângelo, que sempre nos incentiva a desenvolver projetos voltados à atenção básica, promovendo melhorias significativas para a saúde da nossa comunidade.

Giovana Marini Jordão
O projeto sobre Pé Diabético surgiu após inúmeras visitas à UBS, onde observamos diversos pacientes diabéticos com a doença descompensada, evoluindo para lesões extensas nos pés e grande dificuldade de tratamento. Junto ao nosso preceptor, Dr. Orlando, realizamos várias reuniões e buscamos estratégias para evitar que os pacientes chegassem a esse estágio tão avançado da condição.
A partir disso, desenvolvemos um site como ferramenta facilitadora para o diagnóstico e o manejo do pé diabético, voltado tanto para médicos quanto para toda a equipe multidisciplinar. Ver o impacto positivo que esse trabalho alcançou é extremamente gratificante — e ainda mais especial foi saber que ele ficou entre os sete melhores em um congresso internacional.
Desde o início, nossa missão foi ajudar os pacientes. Poder cumprir esse propósito por meio do nosso trabalho tem sido uma conquista imensamente significativa.

Gabriel Baggio Sposito
Poder vivenciar de perto o cuidado com os pacientes na UBS, sob a preceptoria do Dr. Orlando, foi um privilégio. A ideia de facilitar o manejo do pé diabético para os profissionais da saúde surgiu de forma conjunta, e, com a experiência acadêmica do Dr. Orlando, conseguimos alcançar um resultado extraordinário: ficamos em 7º lugar no congresso de cirurgia vascular, levando pesquisa e inovação de uma instituição do interior para um cenário internacional de destaque.