“Telessaúde: É o futuro da medicina?”. O tema abordado pelo Profº. Dr. Emilton Lima Junior, da PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Paraná, chamou a atenção dos participantes da 1ª Conferência de Medicina do UniSALESIANO. Lima Junior palestrou no último dia de evento, 21 de setembro.

O termo telessaúde tem sido definido como o uso de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) na oferta de serviços e cuidados em saúde à distância. Os serviços de telessaúde podem ser simples, como dois profissionais de saúde discutindo um caso por telefone, ou mais sofisticados com uso de redes de vídeo e web-conferências, de sistemas de registros eletrônicos em saúde e até o uso da robótica.

O atendimento em saúde depende da troca de informações sobre o paciente, daí vem a possibilidade de uso de ferramentas de telessaúde a fim de ampliar os horizontes dessa rotina.

“O uso da tecnologia em nossa prática médica já é uma realidade. Mas é necessário saber dosá-lo com um atendimento humanizado.”

Lima Junior explanou também sobre a telemedicina, que é o atendimento não presencial do médico. “O Brasil tem dificuldade de levar o atendimento médico em regiões mais longínquas. Há algumas estratégias para melhorar essa situação, como a implantação do programa Mais Médicos, do governo federal, mas a porcentagem de resolutividade ainda não foi atingida”, explicou.

O Ministério da Saúde esperava alcançar 85% de resolutividade dos casos atendidos na rede de atenção primária com o Mais Médicos. No entanto, a média atual varia em torno de 40%. “Para melhorar, isso vai exigir um compromisso político e sério”, disse, ao reforçar que a telemedicina salva vidas.