Iniciativas educativas que promovem conhecimento especializado sobre TEA (Transtorno do Espectro Autista) e TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) são fundamentais para ampliar a compreensão e o apoio a essas condições. Pensando nisso, as acadêmicas Mikaelle Geovana dos Santos, Ana Gabrielly Guaraldo e Giovana Gabrielly Da Silva Monteiro, do 6º termo de Psicologia do UniSALESIANO, organizaram uma palestra, recentemente, com o objetivo de detalhar o processo de diagnóstico e intervenção para esses transtornos.
Com o apoio das professoras Flávia Santiago e Tais Souto, e da Coordenadora do Curso de Psicologia do UniSALESIANO, Profª. Mirella Justi, o evento reuniu acadêmicos e profissionais da área no auditório Papa Francisco.
As palestrantes convidadas, Talita Bosco e Ana Paula Anhani, psicólogas com experiência em atendimento a crianças com TEA e TDAH, explicaram sobre as características de cada transtorno. Talita abordou a necessidade de uma avaliação detalhada para o diagnóstico, ressaltando que a prática comum de consultas rápidas não é suficiente.
“Muitos profissionais tentam fechar um diagnóstico em poucos minutos, mas o processo é extenso e precisa de avaliações cuidadosas”, afirmou Talita, ao reforçar a importância de observar sinais desde a infância, como dificuldades de foco e impulsividade, no caso do TDAH, e desafios de comunicação e interação social para o TEA.
As palestrantes mostraram também que é preciso que haja um acompanhamento dessas crianças com o envolvimento de psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos e educadores, visando um atendimento integrado e adaptado às necessidades individuais. “Cada criança é única, e as intervenções devem ser personalizadas. Não existe uma abordagem única, mas sim estratégias adaptadas para cada caso”, enfatizou Ana Paula.
As profissionais são vinculadas ao Ser Criança, uma ONG que realiza diagnósticos e intervenções para crianças com TEA e TDAH. A organização atua com uma equipe de especialistas dedicados ao desenvolvimento infantil, proporcionando um ambiente de apoio e acolhimento. A ONG oferece um atendimento que foca na qualidade de vida e no desenvolvimento saudável das crianças, contando com uma estrutura que facilita a inclusão e o acompanhamento de cada caso de maneira individualizada.
A Coordenadora do Curso, Mirella Justi, disse que a iniciativa das acadêmicas foi elogiada por incentivar a conscientização e o debate sobre a atuação profissional no desenvolvimento infantil. “Com o apoio adequado, é possível romper barreiras e promover uma sociedade mais acolhedora e preparada para atender à diversidade”, concluiu.