A Luetiu (Liga de Urgência e Emergência e Terapia Intensiva do UniSALESIANO) promoveu um evento, no último dia 28, para lembrar a importância do “Setembro Amarelo”, mês de combate e prevenção ao suicídio.
Participaram do encontro os alunos que compõem a Liga, dos cursos de Enfermagem e Medicina, e também acadêmicos de Psicologia. O assunto foi abordado pela Profª. Fernanda de Sousa Vieira, que atua no curso de Psicologia e coordena o NAD (Núcleo de Apoio ao Discente), e também pela orientadora da Luetiu, Profª. Vivian Aline Preto.
“Foi promovida essa discussão sobre mitos e verdades do suicídio e destacada a importância de falar sobre o tema, principalmente porque prepara os alunos para a prática clínica”, afirmou Vivian.
Segundo a orientadora, quando os alunos estiverem atuando, muitas vezes serão responsáveis pelo atendimento de pacientes com comportamentos suicidas e necessitarão estar preparados para abordar o assunto. “Eles não deverão adotar uma postura de culpabilidade, mas acolher o paciente e realizar um atendimento humanizado e tecnicamente adequado”, completou.
Já Fernanda lembrou que o suicídio é uma questão de saúde pública, com uma grande incidência de casos de tentativas e de mortes entre os jovens. E, conforme a professora, falar sobre o tema é uma forma de prevenir essas ocorrências.
“Contei um pouco sobre a realidade vivida no dia a dia dos serviços de saúde e a dificuldade que muitos profissionais têm de atender essa demanda, seja por falta de treinamento ou até mesmo por preconceito em relação à saúde mental”, frisou a docente, ao relatar que muitos, até mesmo por conta da sobrecarga de trabalho, creem que essas pessoas que tentam o suicídio estão querendo chamar a atenção.
“Muitas vezes, esse tipo de ato, acaba sendo negligenciado em detrimento de outras tarefas que os profissionais da saúde têm que realizar e isso leva a uma vulnerabilidade maior de quem está disposto a tirar a própria vida.”
Para Fernanda, essa abordagem com os alunos é essencial, pois eles necessitam compreender os motivos que levaram o paciente a tentar ou a cometer o suicídio. “Mais importante ainda é entenderem a necessidade da construção de uma rede de apoio, com criação de políticas públicas que facilitem o encaminhamento e tratamento desses pacientes”, concluiu.