“Cuidados durante a formação médica: O Burnout e a evolução para doenças psiquiátricas” foi o tema abordado pelas médicas psiquiátricas Taciana de Castro Silva Monteiro Costa e Carolina Marçal Brito da Cunha, na 2ª Conferência de Medicina e 1º Simpósio de Pneumologia e Cirurgia Torácica do UniSALESIANO.

O evento aconteceu no dia 19 de setembro, no auditório Papa Francisco, e reuniu dezenas de alunos do curso de Medicina e também os docentes.

A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.

As palestrantes, que atuam na ISCMSP (Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo), direcionaram o tema aos acadêmicos de Medicina.

A palestra da doutora Taciana mostrou, por exemplo, que a taxa de suicídio é mais alta nos médicos do que na população em geral, sendo que 38% das mortes prematuras desses profissionais são causadas pelo Burnout.  Segundo a médica, a maior vulnerabilidade está nos jovens, solteiros e do sexo feminino.

“Importante a gente saber reconhecer quando não estamos bem, já que só cuidamos bem do outro cuidando bem da gente”, explicou.

Segundo ela, a ideia de falar de Burnout é mostrar que, se a pessoa entende e respeita o que sente, saberá procurar ajuda antes mesmo de adoecer. “Caso contrário, se não visto, poderá evoluir para doenças depressivas, por exemplo”, disse.

Já a psiquiatra Carolina destacou que o Burnout é uma fase que deve ter atenção para não evoluir para depressão, ansiedade e estresse. “Afeta a capacidade de se organizar para estudar, se socializar e atuar academicamente”, definiu.

Dentre os sintomas da Síndrome de Burnout estão: cansaço excessivo, físico e mental; dor de cabeça frequente; alterações no apetite; insônia, dificuldades de concentração; sentimentos de fracasso e insegurança; negatividade constante; sentimentos de derrota e desesperança, entre outros.

A identificação dos sintomas é necessária para que a pessoa possa se conhecer e saber quais são seus limites para poder seguir em frente. “Podemos mudar o caminho, se for preciso”, aconselhou doutora Carolina.

Mais informações sobre a 2ª Conferência de Medicina e o 1º Simpósio de Pneumologia e Cirurgia Torácica no site do UniSALESIANO – www.unisalesiano.com.br.