“Minutos que Valem Vidas”. Esse é o nome da Campanha de Doação de Medula Óssea e Sangue, promovida pela Liga Acadêmica de Oncologia (LAO), do Curso de Medicina do UniSALESIANO.

No dia 18 de novembro, a campanha será realizada no prédio da Associação Comercial e Industrial de Birigui, das 17h às 21h, na avenida Governador Pedro de Toledo, 262, no centro da cidade. Em Araçatuba, a campanha acontecerá nos dias 24 (18h às 21h) e 25 (17h às 21h) de novembro, no Shopping Praça Nova.

A ideia de promover a campanha partiu da presidente da LAO e acadêmica do 4º ano de Medicina, Yasmin Thiemy Livramento Rocha. “Quando criança, tive o diagnóstico de Leucemia Linfoide Aguda (LLA). Felizmente, o tratamento foi um sucesso, porém, houve perdas no caminho que culminaram na promessa de sempre atuar em prol destes pacientes”, disse Yasmin.

Além disso, a acadêmica ressalta que, após uma coleta de informações referentes ao assunto, integrantes da LAO se depararam com desinformações e temor em relação ao procedimento – doação de medula óssea e sangue; entre outras situações. “Dessa forma, a campanha visa ao desenvolvimento de uma atmosfera de solidariedade, exercício da cidadania, conscientização e educação em saúde, e também a captação de usuários para doação”, completou.

Nos dias da campanha, os usuários captados serão direcionados tanto para doação imediata da amostra de sangue inclusa no processo de doação de medula óssea, como também encaminhados para doação de sangue mediante o agendamento e orientações.

SENSIBILIZAÇÃO

A orientação técnica-administrativa a LAO é realizada pela enfermeira Laila Marcelino Franco, docente do Curso de Medicina do UniSALESIANO. “Esse intenso envolvimento dos alunos mostra a responsabilidade social com a sensibilização da população em relação à importância da doação de medula óssea”, frisou Laila.

O Coordenador do Curso de Medicina do UniSALESIANO, Dr. Antônio Henrique Poletto, comentou que, a cada dia que passa, é possível constatar o impacto social do Curso de Medicina do UniSALESIANO na região de Araçatuba. “Essa ação dos acadêmicos, orientada pelos nossos professores, envolve valores científicos e humanitários essenciais”, disse.

O evento conta com o apoio do Hemocentro RP, Prefeitura de Birigui, ACIB, Prefeitura de Araçatuba, Shopping Praça Nova, Rotary Club Araçatuba, Dia de Doar, Rotary Club Birigui, Doa Araçatuba, Super Professores, DLS Comunicação, Supermercados Rondon, Restaurante Bola Sete, YorkVille Ambientes Planejados, BPW Araçatuba, Alfa e Ômega Malharia, Tomoson Diagnósticos por Imagem.

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Hematologista orienta interessados sobre o atendimento de critérios de doação

O hematologista e docente do Curso de Medicina do UniSALESIANO, Wolney Góis Barreto, parabenizou a atitude dos acadêmicos da LAO em promover uma campanha tão importante e necessária para a sociedade. “Um papel social na conscientização das pessoas, da relevância da doação de sangue e do cadastro de medula óssea”, definiu.

Barreto citou os critérios para a doação de sangue, que são: ter entre 18 e 67 anos e 12 meses, sem doença grave e estar sem febre, no dia da doação; além de outros critérios importantes.

Já para o cadastro de possíveis doadores de medula óssea, o médico citou que podem ser pessoas com idades entre 18 e 55 anos. No primeiro procedimento, é feita apenas a coleta de um tubo de sangue para o cadastro para tipificação do antígeno HLA.

Caso seja compatível, o doador é convocado e pode aceitar ou não fazer a coleta da medula que, hoje, na maioria das vezes, segundo Barreto, é feita em uma máquina de aférese. “Não há necessidade de coleta cirúrgica via crista, via coluna, como alguns tinham receio de fazer”, disse.

TRANSPLANTE

O transplante de medula óssea é utilizado no tratamento de algumas doenças do sangue, como as leucemias e os linfomas. Nesses casos, há a substituição de uma medula óssea doente por células normais de outra medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.

Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado chamado REDOME que é gerenciado pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer). O sistema compara os dados dos pacientes que necessitam de um transplante com as informações dos doadores cadastrados.

A probabilidade de encontrar um doador compatível depende do grau de diversidade genética da população que, em geral, é de 1 para cem mil a um milhão de pessoas. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, no Brasil, há uma miscigenação muito grande, que dificulta a localização de doadores compatíveis, daí a necessidade de um grande número de brasileiros cadastrados.