Por meio das aulas práticas da Delegacia-Escola, acadêmicos do Curso de Direito do UniSALESIANO tiveram a oportunidade de vivenciar situações ligadas à área criminal em laboratórios de análises clínicas e anatomia da Instituição.

No dia 11 de março, a atividade de tipagem sanguínea, análise de DNA e papiloscopia foi realizada no Laboratório de Análises Clínicas, com a presença do Prof. João Georgeton, acompanhado da docente de Biomedicina, Bruna Polacchine, e do docente de Farmácia, Fausto de Souza, que é perito científico da Polícia Civil.

“É interessante esse tipo de aula para os alunos para que, posteriormente, durante um processo criminal, eles possam questionar essa perícia pelo conhecimento de como se dá a colheita de materiais e tudo mais”, disse Georgeton.

Segundo o professor, os participantes acharam extremamente interessante a atividade porque tiveram acesso aos meios tecnológicos de investigação, como saber determinar se o sujeito estava presente na cena do crime, por exemplo, por conta de um fio de cabelo ou uma gota de sangue detectados pela perícia.

“Quando formados, eles atuarão de forma mais otimizada graças aos recursos disponibilizados pela Instituição, além das atividades integrantes entre profissionais de diversas áreas, como aconteceu nesta aula”, completou.

CADÁVER

Já no dia 18, foi a vez do delegado de polícia e docente de Direito, Alessander Lopes Dias, reunir os alunos no Laboratório de Anatomia para abordagem do conteúdo relacionado a casos reais de homicídios, como os que envolveram o serial killer norte-americano, Ed Kemper, e o da brasileira Elize Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido, Marcos Matsunaga.

“Tratamos sobre a forma como foram mortos, o trabalho da perícia técnica. Nessa atividade, os acadêmicos tiveram acesso a um cadáver decapitado para entenderem a análise de partes dos corpos no processo de esquartejamento com requinte de crueldade”, comentou.

Na bancada, os alunos tiveram acesso a várias partes do corpo humano, apresentadas pela Coordenadora do Laboratório, a docente Simone Galbiati Terçariol, como mandíbulas, caixa craniana, fêmur.

“Muitas vezes, em uma investigação, nos deparamos com esqueletos, e é necessário descobrir se são de homem, mulher, criança. Então, é interessante que nossos alunos tenham esse conhecimento”, frisou o docente, ao analisar que a junção das aulas práticas com as teóricas trata-se de um “casamento inseparável”.

No próximo semestre, esse tipo de atividade será abordado também pelo delegado de polícia e professor de Direito, Fábio Pistori.

O Diretor-Geral do UniSALESIANO, Pe. Erondi Tamandaré, SDB, disse que a antropologia forense, somada a outras áreas da ciência, contribui para a resolução de problemas e crimes. “Assim, amplia conhecimento dos acadêmicos de Direito, contribuindo na equação final de processos”, concluiu.