Em plena crise mundial, a indústria brasileira de jogos eletrônicos está em franca ascensão. Em 2008 houve um crescimento de 31% na área de software e 8% em hardware, que é a parte física de um computador e de seus periféricos. “A tendência é que o setor continue a crescer e que se fortaleça. A expectativa é que essa curva se mantenha subindo”, comentou o presidente da Associação Brasileira de Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames), Winston Petty.
A coordenadora do curso de Desenvolvimento de Jogos Digitais do UniSALESIANO de Araçatuba, professora Maria Teixeira, reforça esta visão e fala da preocupação da Instituição em atender esta demanda. “O curso iniciado por nossa Instituição é o único do Estado de São Paulo que contém em seu conteúdo a abordagem de design e programação de jogos digitais”, afirmou
Maria garante que o aluno do UniSALESIANO tem capacidade de produzir excelentes produtos aqui no Brasil, com um campo de atuação imenso pela frente. Para ela, o Brasil deve fortalecer o mercado interno de jogos para multiplicar essa indústria por dez nos próximos anos.
CRISE AJUDA SETOR – Segundo Winston Petty, a crise externa não está afetando a indústria de jogos eletrônicos e o momento deve ser aproveitado pelo país para ampliar sua produção. Segundo ele “é nos momentos de crise financeira que aumenta o consumo de entretenimento, porque se as pessoas percebem que problemas podem surgir elas passam a gastar menos e buscam opções mais caseiras”. Para o presidente da Abragames, “a crise está afetando a indústria de forma positiva”.
De acordo com a Abragames, 43,3% da produção nacional de software para games são exportados e 100% do hardware ficam no mercado nacional. Os maiores compradores de jogos brasileiros são a Europa – sobretudo a Alemanha – e os Estados Unidos. O game nacional apresenta várias versões, reunindo entretenimento, mercado publicitário, eventos, treinamento e educação.
Winston Petty destaca também que ocorreu uma grande evolução na indústria brasileira de games nos últimos anos, apesar do setor ainda se encontrar em estágio embrionário em relação ao resto do mundo. O salário médio de um profissional é hoje de R$ 2.272,71. Para ele, esse valor ainda está abaixo do ideal, mas reflete o estado de crescimento da indústria brasileira.