Os alunos Rafael de Souza Fávero, do curso de Engenharia Mecatrônica, e Luis Fernando Sartori , de Engenharia de Telecomunicações mostraram na manhã desta sexta-feira um experimento com um foguete movido a água e ar comprimido.
O artefato foi produzido através da utilização de garrafas plásticas sucateadas e isopor. Em sua ponta, existe uma esponja destinada a amortecer a queda e impedir que ele se destrua ao voltar à superfície. Foram usadas três garrafas grandes de refrigerante, sendo que em uma havia água e ar. A outra foi utilizada para controlar a vazão da água, de modo a manter o equilíbrio do foguete.
Carlos Augusto Rodrigues, responsável pelos laboratórios de eletro-pneumática, hidráulica, eletrônica e projetos e pela coordenação do grupo de engenharia, disse que o foguete conseguiu chegar a uma altura próxima dos 100 metros. Segundo ele, através do experimento é possível mostrar como um nível de pressão, mediante ar comprimido em um ambiente fechado, combinado com outra substância, no caso a água, pode movimentar um objeto, transportando-o a grandes distâncias. “É possível, também, determinar a trajetória do artefato baseada em cálculos feitos antes do lançamento”, declarou.
Carlos também destacou que é possível promover o lançamento manualmente ou por controle remoto.
Esta segunda alternativa já é possível, graças a um recurso elaborado e desenvolvido pelo aluno Luis Fernando Sartori, do 9º termo de Engenharia de Telecomunicações do UniSALESIANO. Ao mesmo tempo, o pessoal trabalha na criação de um software, ligado a uma interface, que permitirá o lançamento dos artefatos através de computador.
Carlos Augusto também fez questão de agradecer os integrantes da primeira equipe que criou e desenvolveu o foguete que, consultados, concordaram em que a experiência fosse realizada, além de permitir que houvesse continuidade nos estudos para o aperfeiçoamento das pesquisas sobre o tema.
Ele lembrou que as primeiras idéias sobre o assunto foram implementadas pelos alunos da disciplina Mecânica Geral, das engenharias, sob a coordenação do Prof. José Luiz Morales, que hoje é mestrando do IPEN – Instituto de Pesquisas Nuclear do Estado de São Paulo.
A equipe do laboratório está desenvolvendo presentemente um segundo estágio para o foguete, no qual será instalado um pára-quedas. A novidade vai proporcionar uma descida suave do objeto depois do experimento.