Iolanda da Rocha Ferraz, de 41 anos, é daquelas pessoas que não desistem fácil de seus sonhos. Para conquistar o diploma do curso de Enfermagem, no UniSALESIANO, Iolanda teve que ficar longe do filho pequeno e se sustentar com a venda de água de coco, na avenida Saudade.
Após formada, em 2010, a enfermeira buscou novos estudos, fez pós-graduação em Enfermagem do Trabalho e também em Urgência e Emergência, participou de processos seletivos e foi aprovada até no Hospital Israelita Albert Einstein.
Atualmente, a integrante da série “Casos de Sucesso”, do UNiSALESIANO, trabalha como enfermeira do trabalho offshore, em uma plataforma da Petrobrás, em alto mar.
Confira abaixo a entrevista:
Nome completo, idade e profissão? De onde é?
Iolanda da Rocha Ferraz, 41 anos, Enfermeira. Sou gaúcha, mas moro em Três Fronteiras (SP) há 25 anos.
Qual período estudou no UniSALESIANO? Por que escolheu o curso e essa Instituição?
Cursei Enfermagem entre 2007 e 2010, pelo Prouni, com bolsa integral. Eu escolhi a Enfermagem porque já tinha feito um curso técnico e já havia me apaixonado por essa profissão que, no meu conceito, está mais para um dom. Eu não conhecia a Instituição, mas quando fui fazer a inscrição no Prouni, acabei colocando essa instituição por ficar um pouco mais próxima da minha casa. Eu lembro que, quando fui entregar a documentação, fiquei encantada com a estrutura do prédio.
Qual avaliação faz do curso e da instituição? O que agregou para sua carreira?
O curso de Enfermagem do UniSALESIANO para mim foi muito bom. Hoje eu vivo dessa remuneração. Me deu base e confiança para sempre buscar novos desafio. Eu amo ser salesiana. Hoje, como enfermeira, sou muito feliz e realizada. Viajei e morei em lugares que jamais sonhava. Graças a Deus essa profissão, que amo, me sustenta e a cada dia me faz melhor.
Após formada, decidiu seguir qual ou quais ramos?
Após a formatura fiz uma Pós-Graduação em Enfermagem do Trabalho e consegui meu primeiro emprego em uma empresa de construção civil pesada. A empresa era especializada em construção de pier/porto ou berço para atracação de navios. Essa obra era no Rio de Janeiro e, após nove meses, pegamos uma obra no COMPERJ, em Niterói, que foi um grande desafio, pois acompanhei a construção do ambulatório e orientei sobre dimensões até os detalhes de licença, alvará de funcionamento do ambulatório e das ambulâncias, e também foi minha primeira com RT (Responsável Técnica). Foram dois anos e meio nessa obra do COMPERJ e também minha primeira vez prestando serviço para Petrobrás.
Depois fui transferida para Santos e, mais um desafio de prestar serviço para VLI. Foi uma experiência muito boa. Nessa obra da VLI foram mais dois anos e meio, onde o desafio foi aprender mais sobre produtos químicos, principalmente sobre amônia, pois havia um tanque enorme deste produto e nós tínhamos que estar sempre portando uma máscara de proteção, caso houvesse algum vazamento.
Em Santos, resolvi fazer outra Pós-Graduação, em Urgência e Emergência, e consegui passar no processo seletivo do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. Fiquei muito feliz e consegui terminar essa pós com muito empenho, pois tinha que ir pra São Paulo a cada 15 dias para estudar sexta à noite e sábado o dia todo.
Então, em dezembro de 2016 havia acabado meu ciclo na empresa Constremac quando participei do processo seletivo da Imtep, que a minha atual empresa. Atuo como enfermeira do trabalho offshore. Essa foi a maior experiência para mim, pois o ambiente é totalmente diferente daquilo que havia trabalhado. Já tem quase três anos atuando nessa área, prestando serviço para a Petrobrás, novamente.
Hoje, trabalho na bacia de Santos, mais conhecido como Pré-Sal. Atuo em todas as plataformas da Petrobrás: Merluza, Mexilhão (maior produtora de gás), P66 (maior produtora de petróleo do Brasil), P67 e P69. Merluza e Mexilhão são plataformas fixas e as outras são FPSO. Fico 14 dias embarcada e 14 dias de folga.