No Curso de Arquitetura do UniSALESIANO, a disciplina “Laboratório de Plástica e Materiais Expressivos II” se destaca como um componente essencial na formação dos futuros arquitetos. Ministrada pela docente Ananda Soares Rosa, essa disciplina é projetada para incentivar processos criativos que ajudam os alunos a desenvolverem a plástica em seus projetos arquitetônicos.

O objetivo é aprimorar a capacidade dos alunos quanto à percepção espacial e ao raciocínio projetual, preparando-os para ler, perceber e representar espaços de maneira eficaz, tanto em escala de lote quanto em espaços urbanos.

De acordo com Ananda, a disciplina é organizada em dois momentos principais, que são correspondentes aos dois bimestres do semestre. Ela explica que o primeiro passo envolveu a construção de protótipos tridimensionais utilizando uma matriz de 28cm x 30cm, dividida em 19 peças de tamanhos variados. “Os alunos tiveram que montar estruturas em papel paraná, usando, no mínimo, 15 peças, e apenas encaixes, sem utilizar cola ou outros artifícios. Essa atividade visou explorar a tridimensionalidade e as possibilidades de organização espacial”, explicou.

No segundo passo, os acadêmicos coloriram três peças do protótipo, escolhendo as cores conforme sua preferência. Após essa etapa, eles realizaram estudos e desenhos baseados nos conhecimentos teóricos apresentados em sala, explorando conceitos como ponto, traço, plano, cheios e vazios, estudos de luz e sombra, e perspectiva tonal monocromática. “Essa fase buscou estimular a criatividade dos alunos e aprofundar sua compreensão de elementos visuais e espaciais”, contou.

Ananda comenta que, no segundo momento da disciplina, os protótipos foram transformados em volumes habitáveis, ainda apresentados em forma de maquete, mantendo as mesmas proporções. “A turma explorou a transformação dimensional, aditiva e subtrativa, além de aspectos como horizontalidade, verticalidade, eixo, simetria, repetição, cor e textura”, disse, ao citar que, obrigatoriamente, os alunos tiveram que inserir uma árvore e uma escala humana na maquete, proporcionando uma melhor compreensão de proporção e escala.

BUCHA VEGETAL

“A árvore é feita com bucha vegetal e permanece sem cor, destacando a cor aplicada no edifício. Em seguida, é inserido o volume em contextos urbanos reais, utilizando softwares e recursos de inteligência artificial para posicioná-los em locais reais, seja em terrenos vazios ou substituindo edificações icônicas”.

Para inspirar os alunos, foram apresentadas teorias sobre como estimular a criatividade, além de um vasto repertório visual. “Estudos de maquetes da Bauhaus e o construtivismo russo, especialmente os trabalhos de artistas da Vkhutemas, foram discutidos em sala de aula, proporcionando uma base teórica rica e diversificada”, lembrou a docente.

Por fim, Ananda ressaltou que a disciplina “Laboratório de Plástica e Materiais Expressivos II” do UniSALESIANO é uma experiência educacional inovadora que explora o potencial criativo dos alunos, preparando-os para enfrentar desafios reais na arquitetura. “O compromisso com a criatividade, percepção espacial e raciocínio projetual garante que os alunos estejam bem equipados para contribuir de maneira significativa para a paisagem urbana e social”, concluiu.