Há 11 anos, o aluno do 8º termo do curso de Administração do UniSALESIANO, Diego Henrique Silva Ferreira, depende de uma cadeira de rodas para se locomover por conta de uma paralisia cerebral.

O fato não desmotivou Ferreira, que está a um passo de garantir seu diploma, mas, até então, algo o incomodava. “Minha cadeira de rodas estava desligando sozinha e certo dia parou de funcionar bem na entrada da faculdade”, lembrou ele.

Foi quando o Pró-Reitor do UniSALESIANO, André Ornellas, se sensibilizou com a cena e deu a ideia de a cadeira ser revisada pelos alunos da Engenharia. “Eu não esperava que tudo fosse ser feito com tanto empenho e comprometimento. Mas eu achei muito legal e, como dependo da cadeira, sou muito grato a todos eles”, disse Ferreira, ao frisar que não teria recursos financeiros para arcar com o conserto do equipamento, no valor aproximado de R$ 5,5 mil. “Já há um esforço grande para pagar a mensalidade.”

As peças e o motor do equipamento foram adquiridos pelo Reitor do UniSALESIANO, Pe. Luigi Favero. O professor dos cursos de Engenharia, Fernando Eguia, que coordenou a ação, disse que foram substituídos os comandos, joystick, baterias e pneus da cadeira de rodas motorizada.

“Ficou totalmente revisada”, declarou o docente, ao salientar da importância desse tipo de equipamento para o aluno se movimentar com autonomia.

Para o aluno do 8º termo do curso de Engenharia Mecatrônica, Norival Carinheno Junior, que ficou responsável pelo trabalho que envolveu ainda os integrantes da Fórmula SAE, foi uma experiência emocionante.

Ele conta que já havia tido contato com o Diego na época em que ajudou a desenvolver o carrinho de limpeza da Instituição. “O Diego me deu uns toques de como manobrar o carrinho. Passou um tempo, a cadeira dele deu problema e o professor Eguia me perguntou se poderia resolver para ele. Na hora aceitei”, disse.

O acadêmico de Engenharia Mecatrônica lembra do dia em que o Ferreira viu a cadeira consertada no Laboratório de Engenharia. “Ele olhou para ela e disse: parece que estou vendo minhas pernas. Isso faz valer a pena qualquer trabalho”.

Pe. Luigi revelou que, conversando com o aluno, notou a felicidade dele pela ajuda recebida dos alunos e da Reitoria. E o reitor acrescentou: “Fazer o bem, ajudar quem precisa, é sinal de verdadeira fraternidade e faz bem à pessoa que recebe e também àqueles que ajudam. São gestos concretos que atraem também a benção de Deus”, finalizou.