O Laboratório de Anatomia Humana do UniSALESIANO, sob a coordenação da Profª Simone Galbiati, realizou a 2ª edição do “Anatomy Day”, no dia 29 de outubro – evento que já se tornou uma tradição acadêmica e cultural na Instituição.
A iniciativa, promovida em parceria com a Liga Acadêmica de Anatomia Humana e Dissecação (LAAHD), proporcionou aos participantes uma vivência única, unindo ciência, aprendizado e curiosidade em torno do funcionamento do corpo humano.
De acordo com a docente e responsável pelo laboratório, a proposta surgiu em 2020, durante o período de pandemia. “Naquela época, muitos colaboradores demonstraram curiosidade em conhecer o laboratório. Então, junto com a técnica Joelma Cícera Martins de Andrade, tivemos a ideia de montar uma pequena exposição para apresentar as peças anatômicas, tanto sintéticas quanto naturais”, relembrou.
Com a criação da LAAHD, em 2024, o projeto ganhou nova dimensão. “A partir daí, o evento foi aprimorado e aberto também aos alunos de todos os cursos do UniSALESIANO, o que resultou em um público de cerca de 400 visitantes. Já em 2025, repetimos a experiência com novas atividades e inovações”, acrescentou Simone.
A professora explica que o Anatomy Day é mais do que uma exposição: é uma forma de aproximar a comunidade acadêmica da ciência de maneira acessível, lúdica e ética. “O objetivo principal é tornar o aprendizado significativo, despertando a curiosidade e o encantamento pela anatomia humana, sempre com respeito às peças naturais e aos doadores de corpos para estudo”, ressalta.
ADMIRAÇÃO
O evento acontece, tradicionalmente, na semana do Halloween, como uma forma simbólica de amenizar o receio que algumas pessoas ainda têm em relação ao estudo anatômico. “O formato temático ajuda a humanizar o conhecimento. Quando a anatomia é apresentada de forma interativa e contextualizada, ela se distancia da imagem fria e técnica, despertando admiração e respeito pelo corpo humano”, explica Simone.
A edição deste ano contou com aproximadamente 543 participantes, sendo 73 colaboradores e 470 alunos e professores de diversos cursos. Entre as novidades, destacaram-se a distribuição de panfletos informativos, doces temáticos e chaveiros em formato de coração feitos em impressora 3D, confeccionados com o apoio do encarregado do Laboratório de Engenharia, Marcos Vinícius da Silva Polo.
Os alunos da LAAHD também organizaram uma dinâmica interativa com casos clínicos, desafiando acadêmicos de Medicina a resolverem situações relacionadas à anatomia humana em tempo cronometrado. Fantasiados e criativos, os organizadores transformaram o espaço em uma experiência imersiva e divertida.
Os participantes saíram encantados com a experiência. “Foi uma oportunidade única de aprendizado e admiração pela complexidade do corpo humano”, afirmou Bruna de Almeida, aluna do Curso de Direito. Já o colaborador Tiago Mateus destacou o cuidado da equipe: “Desde a organização até a decoração e o atendimento, tudo foi impecável. Saímos emocionados e gratos por vivenciar algo tão significativo.”
A preparação do evento envolveu meses de trabalho conjunto entre os integrantes da LAAHD, a técnica Joelma e a professora Simone. “Cada um teve uma responsabilidade e todos se dedicaram intensamente. O resultado foi um ambiente lúdico, educativo e acolhedor, capaz de despertar o interesse pela ciência da vida”, destacou a docente.
ORGULHO
Para Simone, o empenho dos alunos é motivo de orgulho. “Eles são muito pró-ativos e engajados. Mesmo com suas rotinas acadêmicas, dedicam tempo e energia para transformar o aprendizado em algo vivo e inspirador. Sou grata por ter pessoas assim ao meu lado”, elogiou.
Ao refletir sobre a importância do “Anatomy Day” na formação dos futuros profissionais da saúde, Simone cita uma frase que resume o espírito do evento: “Hic locus est ubi mors gaudet succurrere vitae” – “Este é o lugar onde a morte se alegra em socorrer a vida”. “Essa frase, presente em muitos laboratórios de anatomia, expressa o verdadeiro significado da disciplina. O estudo do corpo humano transforma o fim da vida em conhecimento, que se reverte em cuidado, ciência e bem-estar para as próximas gerações”, concluiu a professora.