Local possui a maior população de mico-leão-preto, espécie ameaçada de extinção

Os acadêmicos do curso de Ciências Biológicas e Engenharia de Bioprocessos do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO de Araçatuba realizaram visita técnica ao Parque Estadual do Morro do Diabo, nos dias 20 a 22 de abril, 2013. Os alunos estavam acompanhados das professoras Rosemeire Parra, Juliane Sanches e Natália Negreiros.

Eles foram recebidos e orientados pelos guias do parque, percorrendo diferentes trilhas tanto no período diurno quanto no noturno . Assim, tiveram uma oportunidade ímpar de conhecer e desfrutar das maravilhas da mata natural daquela região.

A coordenadora dos cursos, professora Rossana Abud Cabrera Rosa, comentou que a possibilidade de conviver com os organismos biológicos, observando as espécies presentes no local, é especial, pois coloca os engenheiros de Bioprocessos e Biólogos em contato direto com seu material de trabalho, com foco na questão da preservação natural”. Para ela, esta experiência é única pois, além de trazer conhecimento, coloca à disposição dos acadêmicos um ambiente saudável, de convivência e fraternidade.

PATRIMÔNIO AMBIENTAL – O Parque Estadual do Morro do Diabo, localizado no município de Teodoro Sampaio, no extremo oeste do Estado de São Paulo, tem uma área de 33.845 hectares. O morro situa-se 600 metros acima do nível do mar e guarda alguns mistérios, entre os quais a lenda de que a região teria sido um antigo cemitério indígena. A unidade constituía, juntamente com a grande reserva do Pontal do Paranapanema e a Reserva Lagoa São Paulo, um dos maiores trechos de Mata Atlântica do interior de São Paulo.

Essas reservas, criadas oficialmente na década de 1940, encontram-se atualmente bastante reduzidas, sendo que o Parque Estadual do Morro do Diabo, devido às suas características geográficas, é a unica reserva que não sofreu grandes alterações. Seu ecossistema abriga espécies vegetais típicas como o cedro, o ipê, a peroba-rosa, a cabreúva e o pau-marfim.

A fauna do parque é também uma das mais bem conservadas de todo o oeste paulista, onde existem espécies de mamíferos, de tamanhos médio e grande, quase extintas naquela região do Brasil. Ali é possível encontrar a anta, a onça-pintada, a onça-parda, o caititu e o mico-leão-preto, constituindo este último a espécie mais característica do parque, considerado atualmente um dos primatas mais ameaçados de extinção em todo o mundo.