Acadêmicos de Medicina do UniSALESIANO, integrantes do VAMS – Voluntário Acadêmico Missionário Salesiano, realizaram uma ação de conscientização na Unidade Básica de Saúde (UBS) da aldeia de São Marcos , recentemente, voltada para a comunidade xavante. O objetivo foi informar sobre a hipertensão arterial, doença que apresenta alta prevalência entre esse povo indígena.

Participaram da atividade as alunas: Rafaela Rosselli Marin (8º termo), Gabriela Leal da Silva Jorge (4º termo), Giovanna Pazinato Novais da Silva (7º termo), Maria Eduarda Craveiro Jácomo (7º termo), Maria Clara Berton (7º termo), ⁠Isabela Bim Lugon (7º termo), Lana Riemma Ré (7° termo), Amanda Sversut (5º termo) e Leonardo Ficoto (6º termo).

Durante a ação, a médica responsável pela UBS, Drª Sandy Kyara Oliveira, participante do programa Mais Médicos, comentou com os voluntários sobre a gravidade do problema. “A hipertensão realmente afeta muitos indígenas xavante e é importante reforçar cuidados para prevenir complicações”, comentou.

Observando os cartazes já existentes na UBS, que são frequentemente lidos pelos moradores, os acadêmicos decidiram criar um novo material educativo, com linguagem simples e acessível. O cartaz traz como frase central “Cuidar do coração” e ressalta hábitos de vida que auxiliam na redução da pressão arterial, como evitar bebidas alcoólicas e refrigerantes — muito consumidos pela comunidade —, praticar atividades físicas, dormir bem e ingerir bastante água.

Para garantir que a mensagem alcançasse o maior número possível de pessoas, o cartaz foi traduzido para a língua nativa xavante com o apoio de duas senhoras da comunidade.

O material foi entregue e exposto na UBS. De acordo com a aluna Rafaela, é fundamental levar informações de forma clara e próxima da cultura da comunidade para incentivar mudanças positivas nos hábitos de vida. “Sabemos que a hipertensão é uma das principais causas de outras doenças graves no país, reforçando a necessidade de prevenção e cuidados contínuos”, completou.

De acordo com o Coordenador do Curso de Medicina, Dr. Antônio Poletto, o controle sustentado da hipertensão arterial não é um fim em si mesmo, mas o meio essencial para preservar a saúde vascular, prevenir eventos cardiovasculares e proteger órgãos vitais – objetivos que, segundo ele, em última análise, visam prolongar a vida com qualidade.

“Portanto, nosso papel, como médicos, vai além do diagnóstico precoce e do tratamento individualizado e persistente. É fundamental conscientizar os pacientes sobre a verdadeira importância desse controle e o impacto direto em sua saúde”, concluiu.