O curso de Medicina do UniSALESIANO proporcionou aos alunos, já na primeira semana, uma aula de anatomia com dissecação em cadáver. O evento gerou ansiedade e expectativa entre os novos acadêmicos, já que são poucas as universidades no país detentoras de peça anatômica verdadeira. No caso do UniSALESIANO, há dois cadáveres, um do sexo masculino e outro do sexo feminino.
O coordenador do curso de Medicina, Doutor Antônio Henrique Poletto, destaca um aspecto muito importante dessa aula: a motivação. “Depois de uma aula prática motivadora, o aluno sai com mais vontade de estudar”, comemorou.
Além disso, Poletto frisa que uma aula de anatomia com dissecação em peça anatômica verdadeira permite que o acadêmico desenvolva os três pilares da competência; a habilidade, atitude e o conhecimento.
A 1ª aula de Conferência do curso de Medicina foi ministrada no dia 23 de fevereiro pela professora de Anatomia Humana, Simone Galbiati Terçariol. Ela explica que a dissecação do cadáver foi inserida no tema “História da Anatomia” que se relaciona à medicina do século passado.
A docente destacou na aula, antes da dissecação, o famoso quadro de Rembrandt, do ano de 1632, intitulado: “A lição de anatomia do Dr. Tulp”. “No período de inverno ocorria um evento na cidade, as dissecações, que eram realizadas em um teatro anatômico com a presença dos principais anatomistas da época e cobrada a entrada da população”, contou.
Dr. Tulp, médico e anatomista, dissecava os corpos de prisioneiros enquanto fazia as explicações do procedimento aos presentes. “Baseando-se neste episódio, após a conferência, os alunos do curso de Medicina se dirigiram ao laboratório de Anatomia da instituição onde foi realizada a dissecação do braço do cadáver”, completou. A dissecação consiste, no estudo da anatomia, na abertura e/ou separação de organismos mortos, com o objetivo de estudar diferentes órgãos ou outras peças anatômicas.
O estudante Daniel Hosken de Oliveira, de 33 anos, do Rio de Janeiro, se surpreendeu com a aula. “Não esperava já ver a dissecação em cadáver na primeira semana. Isso faz a diferença.”