Os 65 alunos da primeira turma do curso de Medicina do UniSALESIANO já estão tendo contato com pacientes atendidos no SUS (Sistema Único de Saúde). Na manhã de sexta-feira, dia 2, os acadêmicos se dividiram em grupos e tiveram aula prática nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Eles acompanharam também o atendimento dos ACSs (Agentes Comunitários de Saúde) nas casas dos moradores.

A ação integra a unidade curricular IESC (Interação Ensino em Saúde na Comunidade), coordenada pelo médico e professor, Ângelo Jacomossi. “Essa é uma das unidades curriculares que duram mais tempo no curso, vai do primeiro ao quarto ano. Na primeira aula prática, os alunos fizeram o reconhecimento da UBS e o território de saúde vinculado a essa unidade”, explicou.

Segundo Jacomossi, os acadêmicos gostaram muito desse contato externo e ficaram extremamente estimulados com a experiência que tiveram na comunidade. “Isso gerou várias questões, dúvidas, curiosidades, que foram transformadas em questões de aprendizado para serem respondidas e debatidas daqui 7 dias”, completou.

Esse convívio só é possível graças ao método de ensino do UniSALESIANO, chamada Metodologia Ativa, ou seja, aprendizado baseado em problemas. “Esse é um diferencial do curso porque desde o início ele adota como uma estratégia de aprendizado o alinhamento da prática e da teoria”, disse o coordenador, ao citar que em muitos outros cursos de Medicina, a prática só acontece no terceiro ano.

“Aqui no UniSALESIANO é diferente, pois as atividades práticas realizadas desde o início do curso estimulam ainda mais os alunos a buscarem o conhecimento, a querer saber o porquê das coisas, como são feitas. Com isso, vão formando uma visão crítica da realidade e um perfil transformador.”

A aposentada Nadir Andrade dos Santos, de 69 anos, recebeu em sua casa, no bairro Alvorada, um grupo de quatro acadêmicos, acompanhados de Jacomossi e da agente comunitária de saúde Ingrid Miraglia. “Agradeço a atenção de vocês e o acompanhamento que farão aqui em casa porque sou sozinha para fazer todos os afazeres”, contou Nadir, que é responsável pelos cuidados do esposo, de 70 anos, que sofre de esquizofrenia; do filho de 37 anos, que tem depressão, e de duas netas, de 11 e 13 anos. “Não posso adoecer porque, senão, quem vai cuidar deles”, comentou. A família terá acompanhamento constante dos alunos de Medicina, sempre com a presença de um profissional de saúde.