A experiência do projeto “Voluntariado Missionário”, do UniSALESIANO, é realizada desde 2017, e permanece inesquecível para todos os que têm o privilégio de participar. Na edição deste ano, 20 jovens acadêmicos embarcaram em uma jornada de aprendizado, descobertas e serviço comunitário, nas aldeias indígenas de Meruri (Boe -bororo) e São Marcos (Xavante), no Mato Grosso, entre os dias 3 e 12 de julho.
O grupo foi acompanhado por sete educadores e pelo Pró-Reitor de Pastoral, Pe. Paulo Eduardo Jácomo, SDB. “O principal objetivo desse projeto é proporcionar aos alunos uma imersão profunda na realidade das comunidades indígenas, permitindo que eles conheçam de perto as suas tradições, cultura, desafios e necessidades”, explicou Pe. Paulo.
A preparação para essa expedição, conforme explica Pe. Paulo, é cuidadosamente conduzida pela equipe que integra o projeto Voluntariado Missionário que, além dele, é composta pelos agentes de Pastoral: João Paulo Galdino, Leosino Eduardo Sousa e Luiz Alexandre Lanzoni, e pelas Coordenadoras dos Cursos de Educação Física, Profª. Juliana Mitidiero, e Psicologia, Profª. Mirella Justi.
De acordo com Pe. Paulo, um ano antes de cada viagem, os acadêmicos recebem orientações, formações e diretrizes para que conheçam a fundo os contextos culturais e sociais com os quais entrarão em contato. “Também, nesse período, são promovidas ações sociais com o intuito de arrecadar recursos e alimentos para os indígenas. Para isso, contamos com a parceria do Colégio Salesiano ‘Dom Luiz Lasagna’ de Araçatuba, e de toda a comunidade”, lembrou, Pe. Paulo.
Durante a estadia nas aldeias, os participantes são acolhidos pelos membros das comunidades, que compartilham suas vivências e conhecimentos milenares, e também pelos missionários que cedem espaços de suas casas para a permanência dos acadêmicos.
Em relação ao cronograma de atividades realizadas no período, é desenvolvido com diversidade e adaptado às necessidades das aldeias. Desde ações de promoção da saúde e bem-estar até iniciativas de educação ambiental e sustentabilidade, o “Voluntariado Missionário” busca ser uma força positiva na vida dos indígenas.
MARTÍRIO
Nesta edição, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a história da Missão Salesiana de Meruri e o processo de reconhecimento de martírio dos Servos de Deus, Padre Rodolfo Lunkenbein e Simão Bororo, bem como uma visita aos túmulos dos Servos de Deus, acompanhados pelo Pe. João Bosco Maciel, SDB, secretário inspetorial, que compartilhou um pouco mais da história do martírio ocorrido no pátio da Missão de Meruri.
Os jovens também conduziram o Oratório festivo São Domingos Sávio, uma atividade tradicional da presença missionária salesiana, incluindo pinturas faciais típicas do povo Boe-bororo, imergindo-se na cultura local. Ainda foram realizadas atividades esportivas em conjunto com os jovens da região.
O grupo teve muitos momentos marcantes e emocionantes, como as subidas aos morros de Meruri e São Marcos; neste último, Pe. Paulo Jácomo celebrou a Eucaristia e entregou um crucifixo a cada um deles, como símbolo do compromisso missionário assumido durante a experiência.
Pe. Paulo ressaltou que, além do impacto significativo nas comunidades indígenas, os alunos que participam do projeto relatam que a experiência também tem um efeito transformador em suas próprias vidas. “Eles retornam à vida acadêmica com uma nova visão de mundo, um senso mais profundo de responsabilidade social e uma maior apreciação pelas diversas formas de existência humana”, comentou.
PEÇA-CHAVE
A peça-chave para a realização e efetivação do projeto “Voluntariado Missionário” é o Diretor-Geral do UniSALESIANO Araçatuba, Pe. Erondi Tamandaré, SDB. Cabe a ele, com apoio dos membros da Reitoria (Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação, Prof. André Ornellas; Pró-Reitora Administrativa, Vanda Aparecida Guilherme de Moura; e Pró-Reitor de Pastoral, Pe. Paulo Eduardo Jácomo, SDB) a construção, avaliação e condução de todas as etapas condizentes a esta missão.
Pe. Erondi salientou que o “Voluntariado Missionário” do UniSALESIANO é muito mais do que uma simples viagem ou atividade extracurricular. Ele representa uma oportunidade de crescimento pessoal e de contribuição para a construção de uma sociedade mais justa, empática e solidária, onde o respeito à diversidade cultural é valorizado e colocado em prática.
“Por meio dessa iniciativa, os alunos se tornam verdadeiros agentes de mudança, enriquecendo suas vidas e as vidas daqueles que têm a honra de conhecer e servir”, concluiu.