Não é comum o Hospital Veterinário do UniSALESIANO atender animais exóticos. E para surpresa dos profissionais que atuam no estabelecimento, um hedgehogsouriço pigmeu africano – necessitou dos cuidados da instituição, na tarde do dia 15 de agosto.

Sonic, um macho de dois anos, foi encaminhado ao hospital por uma aluna do curso de Medicina Veterinária, com sinais neurológicos de desequilíbrio, quedas e cabeça lateralizada (head tilt).

De acordo com uma das professoras responsável pelo atendimento, Analy Ramos Mendes Ferrari, da disciplina de Clínica e Manejo de Animais Silvestres, o estado geral de saúde do animal é considerado bom, apesar de ter sido diagnosticado com uma otite interna – provável causa dos sinais neurológicos.

“A otite foi descoberta através de inspeção do conduto auditivo, seguida de citologia e cultura e antibiograma”, explicou.

Segundo Analy, Sonic recebeu alta e voltou para casa, em Araçatuba, para ser tratado com antibiótico oral. “O atendimento desta espécie é rara, já que são considerados exóticos e pouco domesticados, apesar de serem ótimos animais de companhia pela docilidade e boa interação com seus tutores”, definiu a docente, que atuou ao lado de acadêmicos do curso de Medicina Veterinária.

Um dos participantes foi o aluno do 10º termo, José Carlos Soares Júnior, que pretende seguir na área de clínica médica e cirúrgica com ênfase em animais exóticos por acreditar que é um mercado promissor no interior de São Paulo e carente de profissionais.

Pela primeira vez o aluno acompanhou o atendimento a um ouriço pigmeu africano e diz ter sido sensacional. “Foi bem desafiador e muito curioso porque nós somos acostumados a entender a fisiologia e o comportamento de animais convencionais. Então, é instigante”, frisou.

DEDOS

O ouriço africano pode ser distinguido de toda espécie de ouriços porque falta o primeiro dedão do pé e, assim, só tem quatro dedos. Também é menor que o ouriço europeu. Eles são cobertos com um “casaco” uniforme de espinhos. Sua pele é fina e recobre a face, o ventre e os flancos. As orelhas são largas e pequenas. Se tiverem bastante atenção e carinho se tornam totalmente domesticáveis.