Com as temperaturas máximas superando os 40% e a umidade relativa do ar em torno de 12%, a região de Araçatuba tem sofrido nesses primeiros dias da Primavera. Segundo o endocrinologista e docente do Curso de Medicina do UniSALESIANO, Prof. Dr. Ângelo Jacomossi, as crianças e os idosos são os mais vulneráveis aos efeitos nocivos do calor extremo.
“As crianças, principalmente os lactentes, desidratam mais facilmente e dependem dos pais para ter suas necessidades de alimentação e hidratação atendidas”, explicou Jacomossi.
Já os idosos, especialmente os mais frágeis, não conseguem, segundo o médico, manifestar os sinais de alerta que denunciam o déficit de água no corpo, como a sede e o mal-estar, que são decorrentes da desidratação.
Jacomossi ressatou que o calor intenso e a baixa umidade relativa do ar causam alterações no organismo, exigindo que ele faça modificações adaptativas para suprir o excesso de água que se perde para o meio ambiente por meio da transpiração, do vapor eliminado pela respiração e da excreção de urina e fezes.
“Nessas condições climáticas, estamos sempre com um déficit de água e sais minerais, pois perdemos muita água. O corpo, então, desencadeia a sensação de sede, concentra a nossa urina e demonstra uma certa fadiga, tudo isso para modificar nosso comportamento e compensar a excessiva perda líquida”, contou.
Para minimizar esses efeitos, o endocrinologista afirmou ser necessário a pessoa ter acesso frequente à água, frutas e outros vegetais. “Para repormos toda a perda que ocorre de forma contínua, principalmente, durante o dia”, completou.
Além disso, as pessoas devem buscar locais mais frescos, arborizados, e deixar janelas abertas durante o dia para aproveitar a ventilação natural. “Nesse sentido, o meio ambiente urbano pode contribuir muito, se for bem arborizado. À noite, o uso de umidificadores ambientais auxiliam bastante”, disse Jacomossi.
No caso da prática de atividade física, o ideal é sempre manter uma boa hidratação antes, durante e após o exercício, e procurar horários nos quais o calor é menos intenso. “Se possível abertos e arborizados”, concluiu.