A turma de Engenharia Mecânica do UniSALESIANO, que concluiu o curso neste ano, teve a participação de apenas 3 mulheres dentro de um universo com 39 homens. Esse fato é comum, já que cursos desse ramo atraem mais a atenção de pessoas do sexo masculino.

Porém, uma jovem se sobressaiu: Mariana de Oliveira, de 23 anos, da cidade de Promissão-SP, foi considerada a melhor aluna da sala e não só ganhou a medalha de Honra ao Mérito das mãos do Reitor do UniSALESIANO, Pe. Luigi Favero, no dia 20 de dezembro, como também recebeu o Prêmio Mérito Acadêmico da Instituição, com o diploma Summa Cum Laude, no dia 8 de novembro.

De acordo com o regimento do UniSALESIANO, para seleção dos homenageados do Prêmio Mérito Acadêmico é calculado o coeficiente de rendimento escolar que abrange as notas de todas as disciplinas cursadas na graduação. Aqueles que possuem CRE entre 8,5 e 8,9 recebem o diploma Magna Cum Laude (com grande louvor), e os que alcançam coeficiente igual ou superior a 9 são agraciados pela Summa Cum Laude (com o máximo louvor).

Já a medalha de Honra ao Mérito é entregue aos melhores alunos de cada turma, levando em conta o comportamento, a identificação com as características do UniSALESIANO, a participação em trabalhos e eventos da Instituição, dedicação aos estudos e as melhores notas do curso.

Confira abaixo a entrevista com Mariana de Oliveira:

– Mais algum familiar decidiu optar por essa profissão?

– Eu sou a primeira pessoa da minha família a se formar em engenharia e, da minha casa, a segunda a concluir o Ensino Superior.

– Por que e desde quando resolveu seguir esse ramo?

– Eu me decidi oficialmente pela Engenharia Mecânica no meu 2º ano do Ensino Médio porque eu sabia que seria uma área que me daria muitas possibilidades de atuação. Eu sempre achei interessante o fato do ser humano ser o responsável por criar máquinas e eu achava que esse seria o melhor lugar para mim.

– Por que a escolha pelo UniSALESIANO?

– Desde quando eu comecei a fazer vestibulares, eu já sabia que morar fora não seria uma opção para mim porque a minha família não teria condições de me manter em outro lugar. Então, o meu foco sempre foi me sair bem no Enem. O UniSALESIANO não foi a primeira universidade em que eu estudei. Eu cursei um semestre de Engenharia Mecânica em outra Instituição de Ensino, também em Araçatuba, e lá tinha bolsa de estudos, mas eu não gostei da faculdade. Fazendo algumas pesquisas e perguntando para algumas pessoas, me indicaram o UniSALESIANO porque disseram que as coisas seriam levadas mais a sério. Então, eu fiz o Enem novamente e consegui uma bolsa integral pelo ProUni.

– Como foram esses 5 anos de estudos?

– Foram 5 anos de muito estudo e muitas horas de sono perdidas. As pessoas têm o costume de falar que engenharia é difícil, mas não é mais difícil que nenhum outro curso, pelo menos não quando é o que a pessoa realmente quer fazer. Não é fácil, tem que estudar e se dedicar. E gostar de exatas, pois é a base do curso. Mas eu sempre tive apoio da minha família e dos meus colegas, sempre que precisei de ajuda para alguma coisa, nunca se negaram. Então, acho que isso facilitou bastante.

– Sua sala tinha quantos alunos?

Quando começou eram mais de 60 alunos, sendo quatro meninas, mas três se formaram. Nem todos faziam todas as matérias. (A turma que se formou foi composta de 42 formandos: 39 homens e 3 mulheres).

– Passou pela sua cabeça que seria a melhor da turma?

Na verdade, não. Eu não posso dizer que era uma questão de inteligência porque vários dos meus colegas são realmente muito inteligentes e interessados no que fazem. Foi mais uma questão de esforço mesmo. De não ter preguiça, de aceitar abrir mão de momentos de lazer para estudar. Acho que foi isso o que mais me diferenciou.

– E como está se sentindo?

Eu me senti muito honrada. Não era mais que minha obrigação, mas ser reconhecida é sempre bom, então para mim foi uma conquista. De fato, a sensação de dever cumprido.

– Quais serão seus próximos passos?

Meu foco é começar a trabalhar na área e ganhar um pouco de experiência antes de partir para a pós, até para conhecer um pouco mais e conseguir escolher meu foco.