A experiência pode acontecer todos os anos, mas sempre será inesquecível para quem participa. Trata-se do projeto do UniSALESIANO, chamado “Voluntariado Missionário”, em que alunos de Araçatuba e Lins viajam para as aldeias indígenas do Mato Grosso com o objetivo de conhecer a realidade dos índios, identificar problemas e encontrar soluções para uma melhor qualidade de vida.
Entre os dias 1º e 8 de julho deste ano, aproximadamente 20 acadêmicos, acompanhados das coordenadoras de cursos, Profª. Mirella Justi (Psicologia) e Profª. Juliana Mitidiero (Educação Física), ambas do UniSALESIANO de Araçatuba, de professoras de Lins e do Pró-Reitor de Pastoral Universitária, Pe. Waldomiro Bronakowski, fizeram a segunda expedição nas aldeias de Meruri (Bororo) e São Marcos (Xavante).
No total, percorreram quatro estados brasileiros (São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso), numa viagem que durou 30 horas, no total. Na bagagem, muito encantamento e aprendizado.
“Primeiro, o contato com uma cultura diferente, a língua, o clima. Não que eles sejam diferentes de nós, mas são um povo feliz, que prezam pelo ambiente familiar, união, organização. Tudo isso encantou nossos alunos”, explicou o padre Waldomiro.
Já no primeiro dia da expedição, o grupo priorizou o entrosamento com os índios das aldeias. Foram entregues os alimentos e roupas arrecadados durante a campanha do UniSALESIANO. Já ao longo da semana, aconteceram os momentos celebrativos, de orações, missas, gincanas em alusão à Copa do Mundo, entre outras atividades.
“Fomos até as escolas, fizemos reuniões com professores e alunos, entregamos materiais didáticos e falamos da importância da higiene e limpeza. Nossos alunos de Medicina Veterinária também coletaram sangue dos cães que vivem nas aldeias e as amostras serão analisadas a fim de saber se estão doentes, com leishmaniose”, explicou o pró-reitor, ao lembrar que o resultado será enviado para as aldeias. “Queremos informar os índios se seus cachorros precisam de tratamento.”
Alguns problemas, como a escassez da água e cultivo de algumas culturas foram identificados pelo grupo. A ideia agora é criar projetos de melhorias para serem implantados a partir do próximo ano.
Para o aluno Pedro Henrique Segantini de Oliveira Andrade, de 18 anos, a missão foi um sucesso, pois o grupo conseguiu realizar todas as propostas elaboradas. “Porém, aprendemos mais do que ensinamos. A união, a força daquele povo, nos surpreendeu. A preservação da língua e o respeito pela cultura são incríveis”, explicou.
Após a viagem, o estudante do 4º termo do curso de Arquitetura e Urbanismo diz ser grato por tudo que tem e também pelo UniSALESIANO, que deu a oportunidade de fazer parte do Voluntariado Missionário.