O UniSALESIANO de Araçatuba anunciou na manhã desta quarta-feira (1º) a data do vestibular de Medicina: 21 de janeiro de 2018, com início das aulas em fevereiro. A informação foi transmitida à imprensa local e regional pelo Reitor da instituição, Pe. Luigi Favero, ao lado do prefeito de Araçatuba, Dilador Borges (PSDB), Pró-reitor Acadêmico do UniSALESIANO, André Ornellas, e do coordenador do curso de Medicina, doutor Antônio Henrique Poletto.

Pe. Luigi iniciou a coletiva de imprensa citando o conteúdo da Portaria 1.134, publicada hoje pelo MEC (Ministério da Educação) no Diário Oficial. Nela consta a autorização do curso de Medicina, bacharelado, com 65 vagas anuais e prazo mínimo de seis anos cada turma, a ser ministrado pelo UniSALESIANO de Araçatuba, cuja mantenedora é a Missão Salesiana de Mato Grosso. A assinatura da portaria foi feita pelo secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Henrique Sartori de Almeida Prado.

“Dentro do projeto Mais Médicos, em que quase 40 faculdades foram selecionadas para oferecer curso de Medicina, a assinatura era feita até então para várias instituições de uma só vez. Mas através do deputado federal Rodrigo Garcia, nós conseguimos que a assinatura valesse exclusiva ao UniSALESIANO. Estou muito contente e há o dedo de Deus e de Nossa Senhora em tudo isso”, disse.

O reitor agradeceu também o apoio da Prefeitura, tanto da gestão passada do prefeito Cido Sério (PT), quanto da administração atual, de Dilador. “A Prefeitura sempre nos apoiou e é nossa parceira. Como o sistema de ensino na Medicina é o PBL, em que a aprendizagem é feita a partir da prática, nossos alunos vão fazer as aulas práticas nas unidades de saúde do município e já temos um trabalho grande com a Secretaria de Saúde de Araçatuba”, destacou.

Por sua vez, Dilador lembrou da ajuda da antiga administração e do mesmo compromisso de sua gestão com o curso de Medicina. “É assim que se administra. Os munícipes continuam, mas o mandato é passageiro. A Medicina traz uma evolução muito grande para a cidade, na área econômica e principalmente na humana”, disse.

Já o pró-reitor acadêmico, André Ornellas, focou no trabalho iniciado em dezembro de 2014, quando foi lançado do edital do Mais Médicos. “Foi uma concorrência a nível nacional e conseguirmos ficar em primeiro na primeira e segunda fases. Nas visitas de representantes do MEC aqui no UnISALESIANO, foi ressaltado que nossa instituição possui um projeto pedagógico que servirá de modelo para acompanhamento. Vai se tornar uma referência para visita de outras universidades”, comentou.

O coordenador do curso, Poletto, afirmou que todos envolvidos estão motivados a fazer o melhor, contribuindo para excelentes resultados. “Estamos todos otimistas em conseguir desenvolver um curso muito bom.”

 

INVESTIMENTOS

De acordo com o reitor do UniSALESIANO foram investidos, até o momento, aproximadamente R$ 15 milhões para implantação do curso, seja na área burocrática, infraestrutura, equipamentos e pessoal. A mensalidade será de R$ 6,5 mil, sendo que 20% do total de vagas serão preenchidos por bolsas de estudos. “Temos a política de ajudar também aqueles que precisam”, disse o padre.

Após a coletiva, os participantes puderam visitar os laboratórios onde serão desenvolvidos os conteúdos. Eles conheceram de perto a Plataforma Multidisciplinar 3D e os bonecos simuladores computadorizados.

Segundo a Profª. Simone Galbiati Terçariol, que atua na área de anatomia da universidade, dos 250 cursos de formação médica no Brasil, 20 instituições – dentre elas o UniSALESIANO – utilizam um simulador 3D que complementa o uso de cadáveres em aulas de anatomia e permite fazer dissecações virtuais. “É uma ferramenta de apoio em diversas disciplinas, como anatomia humana e animal, histologia, fisiologia e imaginologia”, explicou.

A plataforma, que custa cerca de R$ 400 mil e possui tecnologia da startup brasileira Csanmek, funciona como uma mesa que exibe modelos tridimensionais altamente detalhados e anatomaticamente corretos de todos os sistemas do corpo humano. A ferramenta de estudo está instalada no Laboratório de Anatomia, com 300 metros quadrados, que passou por readequação para abrigar o curso.

Já os simuladores computadorizados, que custaram ao UniSALESIANO aproximadamente R$ 2 milhões, estão acomodados no Laboratório de Simulação Clínica, também com área de 300 metros quadrados. “Os bonecos simulam reações fisiológicas e patológicas, como parada cardíaca, alteração de pressão arterial, choque hipovolêmico e até parto”, disse Poletto.

Além dos bonecos, o Laboratório de Simulação oferece aos alunos salas onde eles irão simular o exame clínico dos pacientes, que são atores, diante de câmeras. “O objetivo é filmar a consulta e depois mostrar ao estudante para ele se avaliar, fazer o debriefing.”

Com isso, Poletto explica que o acadêmico vai aprender habilidades clínicas, postura e valorização da humanização, inicialmente em um ambiente controlado, antes de ir para a rede pública.