O UniSALESIANO realiza a 2ª Conferência de Medicina – “Multidisciplinaridade e Convergência”, entre os dias 18 e 21 de setembro, com uma novidade: o 1º Simpósio de Pneumologia e Cirurgia Torácica.

Os participantes terão a oportunidade de assistir palestras ministradas por profissionais renomados, como o Doutor Manuel Sobrinho-Simões, médico português eleito em 2016 o patologista mais influente do mundo.

Sobrinho-Simões, que é MD, PhD e (Hon) FRCPath, representou este ano a Sociedade Europeia de Patologia na reunião anual da USCAP, em Washington (EUA). Ainda em 2019, ganhou o Prêmio Pio del Rio Hortega, da Sociedade Espanhola de Patologia.

Atualmente, é Professor Emérito da Universidade do Porto e Diretor do Ipatimup (Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto); membro da Comissão Diretiva do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S); Presidente do Conselho Nacional dos Centros Acadêmicos Clínicos e Presidente do Conselho de Curadores da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). “Entre outras funções não acadêmicas, sou Administrador não Executivo da Fundação de Serralves e Membro do Conselho Consultivo da Rede Europeia Anti-Pobreza”, completou.

No evento do UniSALESIANO, o médico irá abordar o tema “Importância do Estudo da Patologia para a formação médica: Como otimizar a patologia cirúrgica nos dias de hoje e de amanhã”. A palestra de abertura da Conferência será realizada no dia 18 de setembro, às 20h30, no campus da Instituição. Mais informações no site do UniSALESIANO: www.unisalesiano.com.br

De forma objetiva, o médico explica que a patologia é a disciplina das ciências da saúde que estuda as causas e o diagnóstico das lesões a nível morfológico, bioquímico e molecular. Por um lado, ajuda a prevenir e fazer o diagnóstico precoce de lesões; por outro, colabora no tratamento de doentes. Já a patologia cirúrgica, segundo Sobrinho-Simões, é uma subespecialidade da patologia vocacionada para o diagnóstico de lesões suscetíveis de tratamento por cirurgia ou outras terapias, por exemplo, a radioterapia.

“É fundamental que os alunos percebam a importância de aprender numerosíssimas novas palavras no estudo da patologia cirúrgica. Aqueles que se interessarem a sério pelo estudo das doenças, a partir da patologia cirúrgica, aprenderão a base da medicina (clínica médica e clínica cirúrgica) desde que se preocupem em ligar as palavras aos conceitos e à sua compreensão”, frisou.

Nesse sentido, Sobrinho-Simões é a favor da aplicação da metodologia ativa, como acontece no UniSALESIANO. Segundo ele, a otimização do processo do ensino-aprendizagem passa pelo estudo de casos concretos, começando por perguntas práticas no sentido de procurar resolver problemas através de uma atitude proativa.

“Sou contra a ideia de que o estudo começa pelas aulas teóricas antes das aulas (“demonstrações”) práticas”, ressaltou. Sobrinho-Simões acredita que a qualidade da formação médica depende, sobretudo, da qualidade das perguntas, da proatividade dos alunos e da monitorização do processo no qual os professores desempenham um papel fundamental. “São tutores e não declamadores e é claro que têm de ter muita experiência científica, assistencial e pedagógica”, completou.

Por fim, o médico salientou sobre dois aspectos cruciais da patologia para a saúde coletiva: assegurar o diagnóstico correto das lesões, tanto de situações avançadas que, cada vez mais, exigem uma caracterização precisa das alterações, como de lesões precoces; e salientar que a patologia será cada vez mais importante pela capacidade de curar mais eficientemente e com menos sequelas.

“Melhorar a prática científica assistencial no sentido da capacitação da literacia em saúde da população em geral. A saúde coletiva passa pela manutenção do bem-estar e pelo reforço da prevenção das doenças através de comportamentos que se aprendem com diversos tipos de profissionais, entre os quais se encontra o médico patologista”, concluiu.