Os 37 voluntários da Missão Humanitária do UniSALESIANO: “Saúde não espera!” retornaram as suas casas, trazendo consigo histórias de resiliência e solidariedade após duas semanas intensas de trabalho em Porto Alegre (18/05 a 02/06). Coordenados pelo médico Ângelo Jacomossi, a equipe realizou mais de mil atendimentos em seis abrigos de Porto Alegre (RS), oferecendo cuidados médicos e apoio às comunidades locais que foram vítimas das enchentes no Estado gaúcho.

Dr. Ângelo explicou que o grupo chegou num momento de tragédia emergencial, em que as pessoas estavam em abrigos temporários, sem medicamentos e sem histórico médico. “Nosso primeiro trabalho foi o reconhecimento das necessidades e características dos abrigados”, disse ele, ao relatar que o cenário encontrado era desafiador, com condições agudas de saúde, infecções e doenças crônicas como hipertensão e diabetes. “Me marcou a história de um senhor alcoólatra, que estava há dias sem beber e passou por alucinações. Ele agradeceu pela oportunidade de conversar “, compartilhou Jacomossi.

A professora de Enfermagem, Ana Cláudia Bacci, acompanhou duas acadêmicas e ficou muito feliz em poder participar dessa missão humanitária, podendo saber que ela estava levando o trabalho dela para quem precisava e que de alguma maneira estava fazendo a diferença na vida do povo do Rio Grande do Sul. Amante dos animais, ela trouxe para Lins um cachorro adotado, que também sofreu com as enchentes, e que recebeu o nome de “Guerreiro”.

De acordo com a acadêmica de enfermagem, Giovanna Curiel: “Minha experiência no Rio Grande do Sul foi uma das mais significativas da minha vida. Participar dessa missão foi transformador para mim, mudando completamente meu coração e mente. Aprendi a amar mais o próximo, a nunca perder a fé e a esperança de que um dia as coisas possam mudar. Reforcei minha crença em Deus, reconhecendo que somente Ele tem a compaixão e o conforto necessários nos momentos mais difíceis da vida. Também percebi que, por vezes, as coisas mais simples podem ser tudo o que as pessoas precisam para encontrar a felicidade.

Já a acadêmica Maria Eduarda Honório, relata: “Presenciei de perto as dores de pessoas que perderam suas casas e parte de suas vidas, mas que, apesar de tudo, mantêm a esperança de que suas vidas voltarão ao normal. O povo gaúcho é incrivelmente resiliente e, acima de tudo, feliz. Esses dias me transformaram profundamente. Volto para casa sendo uma pessoa que valoriza mais a escuta. Percebi que o que os idosos e as pessoas nos abrigos mais necessitavam naquele momento era de alguém que os ouvisse. Sou imensamente grata ao UniSALESIANO por ter me dado esta oportunidade e por sempre garantir nossa segurança. Agradeço também a todos que me deram forças para continuar, mesmo nos dias mais cansativos e difíceis. Minha fé sempre esteve comigo e, embora eu esteja de volta ao meu lar, levo comigo um pedaço do Rio Grande do Sul no coração.

O Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação, André Ornellas, comentou sobre o esforço coletivo: “Nossa missão institucional é essa e fazemos a diferença. É possível, pela competência nossa, dar este acréscimo de valores, não só os mantimentos, de mandar pessoas para poder ajudar e salvar vidas. Então, tivemos sete dias, desde a organização, a logística, até materiais de EPIs, mapeamento. Nós monitoramos eles 24 horas por dia, desde quando saíram até a hora que chegaram. Valeu a pena toda essa trajetória.”

Por fim, o Reitor, Pe. Paulo Vendrame ressaltou o impacto da missão, que marcou a experiência profissional e a vida dos voluntários, bem como a vida do pessoal de Porto Alegre. “Tenho falado muito com o pessoal da Faculdade Dom Bosco, com o Inspetor Salesiano do Sul do Brasil, Pe. Ademir Ricardo Cwendrych, SDB, e eles ficaram muito impressionados com a postura de vocês, com a disponibilidade. Foi muito bonito e é um jeito salesiano de ser, que é um diferencial”, explicou.

Os voluntários expressaram gratidão ao UniSALESIANO e à Faculdade Dom Bosco pelo suporte e acolhimento. “Só temos que agradecer por tudo o que nos proporcionaram para que pudéssemos fazer nosso trabalho da melhor forma possível”, disse Beatriz Dessotti.

Para saber mais sobre o trabalho realizado pela Missão Humanitária do UniSALESIANO, acesse o Diário Virtual da Missão